domingo, 12 de setembro de 2010

“To be or not to be, that’s the question”
Talvez, pudesse ser também:
Fazer ou Não Fazer?
Postar ou Não Postar?
Eis a questão!
Dúvidas e mais dúvidas.Dei um passo no labirinto e peguei mais um enigma para desvendar...Sim, sou um labirinto e meu coração tem um aspecto de ponto de interrogação (se quiser imaginá-lo,ele é gordinho e vive mudando de cor[hoje está meio amarelinho]), a cada passo que dou pelo meu labirinto surge um enigma, e a cada pergunta respondida, desvendada, um pouco de conhecimento próprio se firma, ou as vezes, novas perguntas aparecem e o labirinto fica ainda maior e mais complexo de decifrar.Ah , pode imaginar peças de quebra-cabeça.Adoro-os!Espero que você também leitor, na verdade, não espero nada de você, nem pensarei muito ao publicar, serei de um egocentrismo narcisista ao escrever,talvez....
Acho que essa será a abertura desse blogger, vou ir matutar com meus botões e conversar com meus cactos, talvez volte para caminhar no labirinto mais um pouco...Comecei com Shakespeare, também terminarei com meu querido, seus versos acabam de entrar com o vento pela minha janela...Agarre-os também!

“Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre

Em nosso espírito sofrer pedras e setas

Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,

Ou insurgir-nos contra um mar de provocações

E em luta pôr-lhes fim? Morrer.. dormir: não mais.

Dizer que rematamos com um sono a angústia

E as mil pelejas naturais-herança do homem:

Morrer para dormir… é uma consumação

Que bem merece e desejamos com fervor.

Dormir… Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:

Pois quando livres do tumulto da existência,

No repouso da morte o sonho que tenhamos

Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita

Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.

Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,

O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,

Toda a lancinação do mal-prezado amor,

A insolência oficial, as dilações da lei,

Os doestos que dos nulos têm de suportar

O mérito paciente, quem o sofreria,

Quando alcançasse a mais perfeita quitação

Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,

Gemendo e suando sob a vida fatigante,

Se o receio de alguma coisa após a morte,

–Essa região desconhecida cujas raias

Jamais viajante algum atravessou de volta –

Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?

O pensamento assim nos acovarda, e assim

É que se cobre a tez normal da decisão

Com o tom pálido e enfermo da melancolia;

E desde que nos prendam tais cogitações,

Empresas de alto escopo e que bem alto planam

Desviam-se de rumo e cessam até mesmo

De se chamar ação.(…)”
[Tradução:SILVA RAMOS]

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