quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sobre o que pode se tornar detestável ou...

Causar aquela sensação de Indiferença. Essa sensation é de quando já não se acredita em uma palavra do que determinadas pessoas dizem, seus olhos já não brilham quando encontra os daqueles que eram tão considerados, os assuntos já não são interessantes, muito menos engraçados e paira uma nuvem de medo, desprezo e um carinho estranho no ar, num simples bom-dia. Dói sentir!
Eu, simplesmente, acho a indiferença [e estou a falar dela em qualquer tipo de relacionamento, seja namoro, amizade, família...] um dos piores sentimentos, até mesmo pior que o ódio, pois este causa uma aversão e um total afastamento, distanciamento daquilo ou daquele que se odeia [o execrável]. Já a indiferença...
Ela simplesmente não trata nem destrata, e daí talvez, saia suas agulhadas ferozes, é por sua total omissão, sua imparcialidade gélida que as feridas são mais profundas. Cada vez mais, esse sentimento toma conta, enlaça e agride cada um. Ela vai surgindo como um arzinho gelado, numa quarta-feira, num final de noite, na cidade de São Paulo, em meio a sua poluição e o barulho dos automóveis... Aquele que se torna indiferente, sente um prazer por se tornar omisso, por conquistar de alguma maneira uma suposta “liberdade” e quem sofre a indiferença sente um ventinho frio entrar pela porta do coração e chacoalhar o tapete da solidão...
Seja a inveja, a falsidade, a ignorância, a ingratidão, o destrato... Sabe-se lá como surge “the indifference", talvez a muita doação de si para o próximo e falta de consideração deste, talvez porque depois de um tempo, se percebe quanta hipocrisia ronda as amizades e os relacionamentos em geral... Sabe-se lá como ela chega se são ventos do norte ou do sul. Aliás, como saber? O que sei é que hoje venta... Um vento gelado traz um misto de liberdade e solidão...

Nenhum comentário:

Postar um comentário