quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Não há porque ter menosprezo. Cada dor é uma dor. O dicionário deveria trazer assim: “Dor” substantivo feminino com caráter particular. O meu mundo atual traz em si um vento gelado, que para alguns apenas balança o cabelo, no entanto os meus são arrancados. Traz também algo com sabor de vinho seco e cheiro de café, caracterizado como amor, este para muitos significa algo fantástico, mas para mim traz uma dor, daquelas de pós- marteladas e parafusos no cérebro, porém sua ausência me leva a um sono sereno e mórbido... Estou tentando tirá-lo de mim, como tento tirar a farpa do meu dedo, mas fincou bem fundo quando acariciava a mesa de madeira tentando achar imperfeições... Mesa ingrata, lisa e fria! Fria e petulante como a máquina do dentista e seu som, em uma tarde de segunda-feira. Hoje é quarta com cheiro de domingo no final da tarde, em que se reclama pelo término do final de semana e passa-se a desejar o início de uma semana melhor. Semana em que sinto o gosto de banana verde que amarra a boca, como amarraram os meus braços e pernas me impedindo de até um simples aceno para que alguém me enxergue...

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