sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

I-N-D-I-F-E-R-E-N-Ç-A

Talvez, a pergunta seja quantas vezes , ainda, irei escrever sobre esse tema. Ou, talvez, não precise de mais questionamentos.
Ódio! Ódio! É difícil quando você chega a conclusão de que não sabe o real significado de uma palavra. Foi assim com o ódio, em uma sessão de análise...Ah! Minhas sessões de análise!

- "Talvez, eu não tenha o direito de odiar". Dizia ela, dizia eu, dizia nós.

Silêncio...

Nenhuma reação dele, nenhuma reação minha. Inerte!

- "Talvez, aqui dentro só caiba outros sentimentos..."

Ela pintou um arco-íris. Ela colou  post - its coloridos pelas paredes. Ela assobiou "sem mandamentos". Ela andou na corda bamba. Ela guardou um segredo terrível. Ela desistiu para achar. Ela perdoou... perdoa... perdoará...

- "Talvez, só caiba Amor".

Daquele mais profundo, intenso e aflito. Na sua melhor versão! Daquele que supera, entrega e busca. Na intensidade exata de um remédio contra a indiferença.
Talvez, seja um instinto de proteção. Uma vontade de estar por perto, de falar que ama, cuida e cuidará. De mostrar a língua para os defeitos e se meter em uma briga  para defender quem precisa.
Vontade de segurar a mão, olhar na boca, beijar os olhos e dizer - "Esperarei, estou com você"-. Desejo de perguntar - "Quer chorar? Quer rir? Não importa o que seja, estarei ao seu lado"-. De gritar  - "Tenho dois ombros, e, sempre, posso emprestá-los"-.
De passar a noite em claro, segurando uma mão. Pegar no colo, embrulhar no cobertor e contar história. Se vestir de palhaça, falar piadas e conversar com gnomos. Fazer uma fogueira gigante, unir uma roda e se esquentar pela conversa. Falar, ouvir e ser ouvida!
Anseio por olhar o passado como aprendizado. Acreditar que traumas são lições para se fazer poesias. Emprestar giz-de-cera para as paredes cinzas. Doar avós e avôs, contadores de causos, para cada casa. Abrir o saco do Papai-Noel e jogar presentes pelo caminho. Junto com o sorvete, do parque de diversão, daquela tarde, em que o coração sambava no peito.

- "Eu queria odiar! Tenho esse direito?"

Silêncio...

Talvez, dentro dela só caiba um sentimento. Ele é grande e ocupa um baita espaço. Por isso, ela não entende a   "i-n-d-i-f-e-r-e-n-ç-a", e assim, sofre. Dia a Dia! Momento a momento!

-" Como faço com meus excessos? Posso conviver com esse ? Talvez, eu só queira amar e ser amada. E aí, amar mais...e... mais!

Silêncio...

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